Utilização de calçada como estacionamento gera polêmica em Cacoal

por Nilceia publicado 16/04/2019 10h48, última modificação 16/04/2019 12h45

A utilização de calçadas como estacionamento está gerando a maior polêmica em Cacoal, depois que, por determinação do Ministério Público, várias empresas começaram a ser notificadas, enquanto proprietários de veículos estão sendo multados pela Polícia Rodoviária Federal. A situação mais complexa ocorre na Avenida Castelo Branco (BR 364), que concentra as principais revendas de automóveis da cidade.

A questão dos estacionamentos foi amplamente discutida  na última semana, com a participação do Ministério Público, DNIT, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Câmara dos Vereadores, Prefeitura, Associação Comercial e Industrial de Cacoal (Acic) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). A iniciativa partiu do vereador Fernando Minervino, que busca uma solução para o problema, devido ao crescimento da cidade. Segundo ele, é preciso considerar que as empresas estão gerando empregos e não podem simplesmente fechar as portas, o que exige das autoridades um consenso.

O promotor de Justiça, Everson Pini, deixou claro que cabe às polícias o cumprimento da lei, mas ponderou que haverá o bom senso das autoridades enquanto a questão é discutida por uma comissão formada durante a reunião de terça-feira. A comissão deverá elaborar uma proposta de reestruturação da BR 364 (no perímetro urbano de Cacoal), delimitando os estacionamentos e sinalizando todo o trecho.

Por enquanto, ficou definido que as empresas estabelecidas ao longo da BR 364 deverão deixar 1,5 metros de suas calçadas, livres para o pedestre. Algumas empresas já estão delimitando esse espaço nas calçadas. Qualquer orientação neste sentido poderá ser obtida junto à PRF, pelo telefone 191.

Fernando Minervino destacou que o objetivo do encontro, realizado na terça-feira, foi propor o debate em torno de uma questão inadiável. Segundo ele, por desconhecimento dos limites para estacionar, muitos motoristas estão sendo multados, sem antes receber qualquer tipo de orientação. Por outro lado, o pedestre precisa utilizar o passeio público. “Entendo que é preciso haver um ponto de equilíbrio”, disse o vereador, que teve sua iniciativa elogiada pelo empresário Divino Cardoso Campos.

A situação do centro da cidade também será discutida junto à Comissão formada na terça-feira. Participaram da reunião a prefeita em exercício, Raquel de Carvalho, os vereadores Fernando Minervino, Lurdes Kemper, Valdomiro Corá e Euzébio Brizon, o promotor de Justiça Everson Pini, a representante da ACIC/CDL, Terezinha Macanhão, o representante do DNIT, Marcos Bezerra dos Santos, a diretora da Ciretran, Aline Turrini, empresários e representantes de vários outros segmentos da sociedade.